A Associação de Defesa do Ambiente de Loures (ADAL) contestou hoje o início da construção do que admite ser uma central de betonagem, junto ao Tejo, pela empresa Mota Engil, alegando que a obra é um "atentado ambiental".
A obra decorre em terrenos situados na empresa de resíduos Valorsul e é da responsabilidade da construtora Mota Engil, segundo disse à agência Lusa Rui Pinheiro, da ADAL.
"Há duas semanas verificámos o início de umas terraplanagens estranhas e, no espaço de uma semana, vimos serem instalados equipamentos que nos parecem ser daqueles que, eventualmente, são usados numa central de preparação de betão armado", contou.
Para o ambientalista de Loures, trata-se não só de uma obra "ilegal", como também de um "atentado ambiental" para aquela zona ribeirinha.
"A ADAL já vem há anos a manifestar a suas crescentes preocupações com a situação de crescente pressão desqualificadora da frente ribeirinha do Tejo. Somos contra a instalação de mais actividade poluente", afirmou.
Entretanto, contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Loures adiantou que a obra foi embargada na terça-feira por falta de licenciamento.
Segundo a mesma fonte, os fiscais camarários encontraram no terreno uma laje de betão, "que carecia de licenciamento".
A Lusa contactou a empresa Mota Engil, com vista a obter mais esclarecimentos sobre a obra, mas sem sucesso.