"Abril ainda não tem rosto de mulher", afirmou Inês Sousa Real, do PAN, nas comemorações da Revolução dos Cravos, esta quinta-feira, na Assembleia da República
Para a deputada do PAN, "Abril ainda não tem rosto de mulher quando a cada dia 50 mulheres são vítimas de violência doméstica, em que o agressor é desculpado por uma justiça lenta".
Quarenta e oito anos depois do 25 de Abril "os mais altos cargos do estado fazem-se com rosto masculino”, salientou Inês Sousa Real.
"É preciso lutar pelo fim do sexismo", declarou a deputada do PAN.
"Abril ainda não tem rosto de mulher quando os crimes sexuais não têm um prazo de prescrição capaz de respeitar as emoções e o tempo da vítima ou quando a sua consequência são apenas multas ou penas suspensas", criticou, referindo que ainda existem milhares de vítimas de mutilação genital feminina ou "uma em cada 10 mulheres" não têm dinheiro para comprar produtos de higiene feminina.
A deputada do PAN considerou que "Abril também não tem rosto de mulher quando as mulheres têm de trabalhar mais 51 dias para igualar o salário de um homem" ou "esperar até 2052 para ter igualdade salarial entre géneros".