O governo de Tonga solicitou, esta quinta-feira, assistência urgente às Nações Unidas para responder ao desastre causado pela erupção do vulcão submarino Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai e pelo tsunami que se seguiu.
O coordenador da ONU para aquele país, Sanaka Samarasinha, recebeu o pedido e deu uma resposta oficial, estando em contacto próximo com as autoridades do arquipélago, referiu o porta-voz do organismo internacional, Stéphane Dujarric.
A ajuda humanitária já começou a chegar a Tonga através de aviões fretados pela Nova Zelândia e a Austrália, que transportavam contentores de água, 'kits' para abrigos temporários, geradores, material de higiene e equipamento de comunicações.
Segundo as Nações Unidas, as equipas que estão a estudar as necessidades de assistência já atingiram a maior parte do território, incluindo as ilhas mais remotas, e os responsáveis da organização estão a apoiar as análises do governo e o seu trabalho de resposta.
Stéphane Dujarric acrescentou que a ONU continua especialmente preocupada com o acesso a água potável para cerca de 50.000 pessoas, sendo que a maioria depende agora de água engarrafada.
Responsáveis humanitários da ONU afirmaram anteriormente que cerca de 84.000 pessoas - mais de 80% da população de Tonga - foram afetadas pela erupção do vulcão, com o porta-voz, Stéphane Dujarric, a falar em três mortes, feridos, perda de casas e água poluída.
As comunicações com Tonga continuam limitadas após a erupção de sábado e o tsunami parece ter quebrado o único cabo de fibra ótica que liga Tonga ao resto do mundo. Isto significa que a maioria das pessoas não conseguiu utilizar a Internet ou fazer chamadas telefónicas para o estrangeiro, embora algumas redes telefónicas locais ainda estejam a funcionar.
A ONU indicou que "todas as casas foram aparentemente destruídas na ilha de Manga e apenas duas casas permanecem na ilha de Fonoifua, com danos extensos reportados em Nomuka".
De acordo com os números do censo de Tongan, Manga alberga 36 pessoas, Fonoifua 69 e Nomuka 239. A maioria da população vive na ilha principal de Tongatapu, onde cerca de 50 casas foram destruídas.