Na hora do adeus João Costa, o ainda ministro da Educação admite ser possível a recuperação total do tempo de serviço pedido há muito pelos docentes.
Em entrevista à Renascença, João Costa explica que houve muitos imprevistos que impediram que tal fosse assumido, mas admite que com Pedro Nuno Santos, candidato à liderança do Partido Socialista, essa recuperação pode ser possível.
Na reação, Mário Nogueira da Fenprof diz que é a campanha a falar embora o discurso seja o mesmo de sempre.
“As eleições fazem milagres ou pelo menos aparentam fazer milagres. O ministro acaba por dizer aquilo que sempre disse quando pretendia que a luta dos professores acabasse ou pelo menos atenuasse, ele dizia que a reivindicação era justa”, diz o dirigente sindical.
Para Mário Nogueira o que era “necessário era que houvesse condições para a satisfazer”.
Além da recuperação do tempo de serviço, os professores reivindicam melhores condições para a carreira e um investimento nas infraestruturas escolares.
Como vai ser operacionalizado?
Já a CONFAP (Confederação Nacional das Associações de Pais) diz ser necessário perceber como será possível operacionalizar esta recuperação do tempo de serviço.
Em declarações à Renascença, Mariana Carvalho, assinala que “ainda temos que tentar perceber exatamente o que é que está aqui descrito”, destacando, no entanto, que o Ministério da Educação sempre disse que “estava a trabalhar na aproximação daquilo que eram os pedidos ou exigências dos professores, nomeadamente a recuperação do tempo de serviço que não era possível a totalidade no imediato, mas que se ia trabalhar numa aproximação”.
“O que devemos focar é como vamos operacionalizar, como é que vamos chegar efetivamente à aproximação daquilo que são as vontades de todos os lados”, acrescenta.
Além da recuperação do tempo de serviço, os professores reivindicam melhores condições para a carreira e um investimento nas infraestruturas escolares.
[notícia atualizada às 10h20 de 5 de dezembro de 2023]