O Hospital da Compaixão, em Miranda do Corvo, há mais de um ano que aguarda luz verde do Ministério da Saúde para abrir portas, noticiou a Renascença ainda esta semana. Esta sexta-feira, na Comissão de Saúde, Marta Temido foi questionada sobre esta situação.
A ministra da Saúde admitiu que o “tema tem sido muito suscitado”, mas que não cabe ao Ministério fazer contratos e identificar necessidades.
“Essa proposta depende de uma avaliação de necessidade [pelas autoridades regionais], que, admito, não tenha sido aquela que enquadrou esta unidade”, disse.
Em todo o caso, Marta Temido revelou que a tutela pediu que a situação da unidade hospitalar fosse “reapreciada pela Administração Regional” de Saúde.
“O Ministério da Saúde não tem nenhuma proposta de celebração de contrato com este hospital e, portanto, para que fique claro, em definitivo, o Ministério da Saúde não toma a iniciativa de fazer contratações. O Ministério da Saúde faz convenções, contrata instituições para a rede nacional de cuidados continuados quando as entidades regionalmente competentes fazem essa proposta”, disse a governante.
O Hospital da Compaixão foi construído pela Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo.
O financiamento esteve a cargo do município e da própria fundação, através dos seus fundos. Ao todo, foram gastos 10 milhões de euros.
A unidade de cuidados de saúde está equipada e pronta a funcionar, mas continua encerrado. Os doentes continuam a ter de percorrer dezenas quilómetros para terem acesso a cuidados hospitalares, em Coimbra.