Os comboios de ajuda chegaram à região oriental de Ghouta, na segunda-feira, pela primeira vez desde o início de uma das batalhas mais mortíferas da guerra, mas não conseguiram descarregar a ajuda de medicamentos e alimentos.
O comboio com mais de 40 vagões retirou-se de Douma na escuridão depois de a cidade ser bombardeada, sem descarregar totalmente os mantimentos apesar de ter estado no local durante no nove horas. Todos os elementos estavam em segurança e voltaram para a capital Damasco, disseram os agente das organizações de ajuda humanitária.
O exército sírio apoiado pelos russos capturou mais de um terço de Ghouta oriental nos últimos dias, ameaçando cortar a última grande área de rebeldes perto de Damasco em dois, apesar das acusações ocidentais de que violou o cessar-fogo.
"A equipa está a salvo, mas, dada a situação de segurança, foi decidido voltar por agora. Eles foram carregados com o máximo de carga possível, dada a situação atual no terreno", garantiu a porta-voz Iolanda Jaquemet do Comité Internacional da Cruz Vermelha ( CICV) disse em Genebra.
Outra fonte das equipas de ajuda humanitária disse à Reuters que 10 camiões deixaram a cidade "completamente fechada", enquanto outras quatro tinham sido parcialmente descarregadas.
Um funcionário da Organização Mundial de Saúde disse que o governo havia ordenado que 70% dos medicamentos fossem retirados do comboio, impedindo que kits de trauma, kits cirúrgicos, insulina e outros materiais vitais chegassem à área.
O CICV confirmou alguns equipamentos médicos foram bloqueados, mas não deram detalhes.