A Cáritas Diocesana de Viseu foi a instituição escolhida este ano pelo Santuário de Fátima para assinalar, neste domingo, o Dia Mundial dos Pobres.
“Seguindo o exemplo do Papa Francisco que habitualmente, a seguir à missa dominical, convida um grupo de pessoas pobres para almoçar, o Santuário decidiu assinalar este dia formulando um convite a uma instituição diocesana, fora da diocese de Leiria-Fátima, para peregrinar até à Cova da Iria, ficando as despesas da deslocação, incluindo a refeição, por conta do Santuário”, refere uma nota da instituição.
O programa desta Peregrinação “começa pelas 10h45 com o acolhimento do grupo, na entrada da Basílica da Santíssima Trindade. Segue-se a participação na Missa, às 11h00, no mesmo local. O almoço está marcado para as 13h00. Pelas 14h30 vai ter lugar uma visita acompanhada aos vários espaços do Santuário de Fátima. O programa termina com uma despedida na Capelinha das Aparições pelas 15h30”.
Participa nesta iniciativa um grupo constituído por 70 pessoas. Será acompanhado pelo Bispo Emérito de Viseu, D. Ilídio Leandro.
Também no Vaticano, o Papa vai comemorar o III Dia Mundial dos Pobres com uma Missa na Basílica de S. Pedro a que se segue um almoço com um grupo de mil e quinhentos pobres de Itália e de vários países europeus no Auditório Paulo VI.
Francisco escreveu uma mensagem para este dia intitulada “A esperança dos pobres jamais se frustrará”.
O Santo Padre enumera as “muitas formas de novas escravidões” como as famílias obrigadas a deixar a sua terra, órfãos que perderam os pais, jovens em busca de uma realização profissional, vítimas de tantas formas de violência, da prostituição à droga, sem esquecer os milhões de migrantes instrumentalizados para uso político.
Neste documento, o Papa esclarece “Na Escritura, o pobre é o homem da confiança. É precisamente esta confiança no Senhor, esta certeza de não ser abandonado, que convida o pobre à esperança. Sabe que Deus não o pode abandonar”.
Por ocasião do III Dia Mundial dos Pobres, Francisco pede mais do que meras iniciativas de assistência e faz votos para que aumente em cada um o sentido do outro, sobretudo o que é frágil e excluído.
“Não é fácil ser testemunha da esperança cristã no contexto cultural do consumismo e do descarte, sempre propenso a aumentar um bem-estar superficial e efémero. Requer-se uma mudança de mentalidade para redescobrir o essencial, para encarnar e tornar incisivo o anúncio do Reino de Deus”. Recorda que os pobres não precisam somente de uma “sopa quente ou de uma sandes. Precisam das nossas mãos para se reerguer, dos nossos corações para sentir de novo o calor do afeto, da nossa presença para superar a solidão. Precisam simplesmente de amor”.
E por último, o Papa deixa um desafio: “A todas as comunidades cristãs e a quantos sentem a exigência de levar esperança e conforto aos pobres, peço que se empenhem para que este Dia Mundial possa reforçar em muitos a vontade de colaborar concretamente para que ninguém se sinta privado da proximidade e da solidariedade”.