Foram divulgadas, na quinta-feira, as listas de candidatos à Assembleia da República definitivamente admitidas. Os documentos estão disponíveis para consulta no site da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
São mais de quatro mil os candidatos ao lugar de deputado, que representam 21 partidos e quatro coligações. À CDU, formada pelo PCP e PEV, juntam-se o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) e duas coligações que concorrem apenas nas regiões autónomas.
A “Aliança Democrática”, formada pelo PSD, CDS-PP e PPM, concorre pelo círculo dos Açores, e a “Madeira Primeiro” concorre pela Madeira, numa coligação entre PSD E CDS-PP.
Dos 24 partidos inscritos, dois ficam de fora: o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) e o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC).
O Volt Portugal estreia-se na corrida às legislativas, por 19 círculos eleitorais. Fica de fora em Bragança, Castelo Branco e na Madeira.
A CNE divulgou, também, os boletins de voto, disponíveis para consulta aqui.
A disparidade de género ainda é um problema
Ao que a Renascença apurou, foram várias as listas de candidatos sujeitas a alterações, depois de identificadas irregularidades relativas ao incumprimento da lei da paridade.
Foi o caso do Chega, cuja lista pelo círculo de Lisboa foi inicialmente chumbada pelo Tribunal Constitucional, por não ter candidatas em número suficiente.
Em nota enviada à Renascença, o juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa adianta que o partido liderado por André Ventura “não cumpriu o pressuposto de representação mínima de 40% de candidatos do sexo feminino, quedando-se pelos 39, 62%”.
A mesma nota dá ainda conta de que “os partidos Nós, Cidadãos e CDS-PP não cumpriram os requisitos de intercalação entre candidatos do mesmo sexo”.
Também em Viana do Castelo foram identificadas falhas do mesmo tipo. Todas as irregularidades foram, entretanto, corrigidas.
Em 1976, a percentagem de mulheres na Assembleia da República era de 6% e nas últimas eleições passou para 39%. Só em 2015 as mulheres ultrapassaram, pela primeira vez, um terço dos deputados eleitos.
Quem são os candidatos a deputado?
Em mês de eleições legislativas, a Renascença recupera um trabalho publicado pela primeira vez em 2019.
A página interativa com o perfil dos candidatos à Assembleia da República inclui dados biográficos essenciais, disponibilizados pelos partidos, para que os eleitores possam tomar uma decisão o mais informada possível.
Os rostos, a experiência, o que fazem e por onde andaram. Quem são os homens e as mulheres que nos vão representar? Tentaremos responder a esta questão, num trabalho que conta com a colaboração de todos os partidos que concorrem às próximas eleições de 30 de janeiro.
A página estará brevemente disponível no site da Renascença.