Joe Biden defendeu, numa entrevista publicada em simultâneo no "The Miami Herald", em inglês, e no "El Nuevo Herald" em espanhol, alguns pontos da sua política de imigração, pedindo ao Congresso que garanta a cidadania imediata de 800 mil residentes, conhecidos como "sonhadores", e entre os quais se incluem 500 cidadãos de origem portuguesa.
As ideias do candidato democrata alargam-se ainda a outras políticas migratórias, defendendo uma simplificação do sistema de asilo de migrantes e um maior investimento na segurança eletrónica das fronteiras norte-americanas.
Enquanto desempenhou o cargo de vice do Presidente Barack Obama, Biden apoiou uma revisão abrangente da lei da imigração que visava dar cidadania à maioria desses residentes.
Joe Biden prometeu ainda uma revisão da política externa dos Estados Unidos, criticando a abordagem de Trump relativamente ao México, América Central e América do Sul.
“A política para a América Latina é, no melhor dos casos, uma cópia da Guerra Fria, e, no pior, uma confusão ineficaz”, afirmou Biden.
Apesar desta estratégia de proteção de jovens não documentados, Biden não aborda diretamente os mais de 11 milhões de imigrantes que estão no país ilegalmente.
Cerca de 800 mil jovens ficaram sob ameaça de deportação quando Donald Trump revogou uma ordem do ex-presidente Barack Obama, que protegia estes imigrantes, conhecida como DACA ("Deferred Action for Childhood Arrivals").
Em abril, Joe Biden lançou a sua campanha para as eleições presidenciais de 2020.