A UEFA terá oferecido uma quantia relevante de dinheiro aos seis clubes da Premier League para desistirem da Superliga Europeia, segundo escreve o jornal catalão "Mundo Deportivo".
De acordo com a publicação, esse foi um dos motivos que levou aos seis clubes ingleses a abandonar o projeto, apenas cerca de 48 horas depois do anúncio da criação do mesmo. A UEFA não terá feito a mesma proposta aos clubes espanhóis, onde está localizado o atual presidente do projeto da Superliga Europeia, Florentino Pérez, também responsável máximo pelo Real Madrid.
Ainda assim, os três clubes espanhóis envolvidos no projeto - Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid -, continuam a acreditar que a saída dos seis clubes ingleses não será definitiva e que a magnitude do projeto da Superliga Europeia os fará voltar.
Para além disso, desde domingo que as reações têm surgido em grande número por parte de jogadores, antigos atletas, e até treinadores dos clubes que integram o projeto, como Jurgen Klopp e Pep Guardiola. Os protestos começaram em Elland Road, na segunda-feira, no jogo entre Leeds e Liverpool e prolongaram-se nesta terça-feira.
Centenas de adeptos do Chelsea estiveram em Stamford Bridge, esta terça-feira, antes do jogo com o Brighton, com a lenda do clube e atual diretor técnico, Petr Cech, a tentar acalmar os adeptos e a pedir tempo para resolverem a situação.
AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Real Madrid anunciaram no domingo a criação da Superliga Europeia. O objetivo dos 12 clubes fundadores é começar o mais rapidamente possível, com um total de 20 emblemas — 15 cativos e cinco rotativos.
Os 12 clubes referidos pretendem acrescentar outros três ao lote de lugares cativos na competição. O FC Porto recebeu contactos informais para integrar a Superliga Europeia, mas o presidente do clube português, Pinto da Costa, esclareceu que rejeitou o convite, por considerar que a nova competição viola as normas da UEFA e da União Europeia.
UEFA e FIFA confirmaram que os jogadores das equipas que disputem a Superliga serão banidos dos Europeus e Mundiais e proibidos de representar as suas seleções. A UEFA já está a estudar uma forma de excluir, com efeitos imediatos, os 12 clubes fundadores da Superliga das competições europeias.