As buscas que, desde a manhã desta terça-feira, estão a ser feitas pela PJ em duas juntas de freguesia de Lisboa, nada têm a ver com os atuais executivos. A garantia foi dada à Renascença pelos dois autarcas, José da Câmara (São Domingos de Benfica) e Vasco Morgado (Santo António). As buscas foram feitas no âmbito da Operação Tutti Frutti, que remonta a 2018, e que investiga casos de favorecimento a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos.
"É sobretudo documentação que nos solicitaram de vários anos, de 2011, 2012, 2013, 2014 e que tem a ver com contratações", disse o presidente da Junta de Freguesia de S. Domingos de Benfica. "Que fique bem claro, e relativamente à minha pessoa, não tem nada a ver com o meu executivo", frisou José da Câmara, garantindo que as buscas nada têm a ver com o seu trabalho na junta lisboeta.
Já Vasco Morgado, da Junta de Freguesia de Santo António, diz à Renascença que as diligências que decorrem desde as 9h00 da manhã "são mais do mesmo".
"É o caso Tutti-Frutti, é ainda sobre esta investigação de 2013 a 2017", refere o presidente da junta. Além disso, acrescenta que em circunstância alguma foi perturbado o normal funcionamento dos serviços. "Ninguém foi impedido de sair”, da junta de freguesia que “esteve sempre de porta aberta e a funcionar normalmente".
A operação Tutti Frutti investiga suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.