A Associação Portuguesa de Busca e Salvamento (APBS) defendeu esta terça-feira que a “esperança é a última a morrer” em relação ao resgate com vida de vítimas do sismo de Marrocos da última sexta-feira, mas lamenta que o país não peça mais ajuda de outros países.
Apesar de reconhecer que as 48 a 72 horas após o sismo sejam cruciais para o salvamento de vítimas, Pedro Batista considera que as equipas no terreno não podem desistir e devem "pesquisar todos os locais, para ter a certeza de que não há mais sobreviventes entre os escombros".
No quarto dia após o terramoto em Marrocos, continuam as buscas e o presidente da APBS relembra à Renascença o que aconteceu na Turquia e Síria, em fevereiro deste ano. “No caso do sismo na Turquia, passados 10 dias ainda estávamos a retirar pessoas com vida. Nunca se sabe”, diz.
Os trabalhos de resgate prosseguem no terreno, com a ajuda dos operacionais enviados por Espanha, Reino Unido, Qatar e Emirados Árabes Unidos. À Renascença, Pedro Batista diz que seria aconselhável Marrocos aceitar a ajuda de outros países.
"Portugal continua preparado e a Associação Portuguesa de Busca e Salvamento também continua preparada. Temos tudo pronto, caso seja necessário arrancar. Estamos à espera de um contacto da Embaixada de Marrocos. No entanto, sinceramente, não acredito que peçam mais ajuda de outros países", antecipa.
O mais recente balanço de vítimas do sismo que atingiu Marrocos na noite de sexta-feira regista a morte de 2.862 pessoas, com mais de 2.562 feridas.