Incêndios no Havai. "Não sabemos o que aconteceu a oito pessoas da comunidade portuguesa"
11-08-2023 - 23:57
 • Ana Catarina André , Tomás Anjinho Chagas

Em declarações à Renascença, a lusodescendente Audrey Rocha revela que as comunicações são difíceis e que não se sabe onde estão os membros da comunidade portuguesa na ilha de Maui. Número de mortos aumentou para 67.

Oito pessoas da comunidade portuguesa no Havai estão em paradeiro desconhecido desde os incêndios que já mataram 67 pessoas na ilha de Maui. A informação foi avançada à Renascença pela Associação Histórica de Portugueses no Havai.

A lusodescendente Audrey Rocha revela que as comunicações são difíceis nesta zona e que não se sabe onde estão os membros da comunidade portuguesa na ilha mais afetada.

“Nós temos cerca de oito pessoas que vivem em Lahaina e não sabemos o que lhes aconteceu, não sabemos se conseguiram sair em segurança, não sabemos se estão num dos abrigos. Não sabemos de nada. Mas temos cerca de oito membros da associação portuguesa que vivem em Lahaina”, diz Audrey Rocha, à Renascença.

A lusodescendente relata um cenário muito difícil nesta ilha do arquipélago do Havai, nos Estados Unidos.

“É terrível. Os fogos ainda não foram extintos. Há corpos na água de pessoas que tentaram fugir e as equipas de regaste estão recuperar os corpos. Ainda não acabou”, conta Audrey Rocha.

Os incêndios na ilha de Maui já fizeram pelo menos 67 mortos e há centenas de pessoas desaparecidas.

A maioria das mortes aconteceu na rua quando as pessoas tentavam fugir das chamas, adianta o governador do Havai, Josh Green.

O vento, que chegou a atingir os 110 quilómetros/hora, está agora mais fraco e a permitir aos meios aéreos levantar voo e ajudar no combate às chamas, disse à Renascença o presidente da Associação Portuguesa Histórica no Havai, Dan Nelson.

“80% do fogo já está controlado. Há algumas áreas que ainda estão a arder, mas os bombeiros hão de lá chegar. O problema era com os ventos fortes que chegaram aos 110 quilómetros por hora. Com esse vento, os helicópteros e os aviões não podiam voar. Agora que o vento baixou, os helicópteros já podem levantar voo e ajudar no combate às chamas e isso está a ajudar a resolver a situação”, afirma Dan Nelson.

[notícia atualizada às 00h34 - número de mortos aumenta de 59 para 67]