O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira, em Marvila, Lisboa, que o Governo cumpriu o primeiro objetivo de reduzir o número de alunos sem aulas, e rejeitou as críticas do PS e Bloco de Esquerda aos números apresentados como “falsas querelas”.
Luís Montenegro declarou, após uma visita a uma escola secundária em Marvila, que o Governo está “dentro do objetivo que tínhamos traçado, chegar ao fim do primeiro período com uma diminuição do número de alunos sem professor pelo menos a uma disciplina de 90%”.
“Estamos praticamente dentro do objetivo, para ser rigoroso, andaremos na casa dos 89% de diminuição”, especificou o líder do PSD.
Segundo o “Expresso”, que cita dados do Ministério da Educação, 2.338 alunos ainda não tiveram aulas a pelo menos uma disciplina no ano letivo de 2024/2025, face aos quase 21 mil do ano letivo anterior. O Governo diz ainda que 4.181 novos professores que nunca tinham dado aulas entraram em 2024 no sistema público.
A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, acusou o Governo de “não ser sério” e misturar duas variáveis diferentes para chegar aos 21 mil alunos como número de comparação. Para os socialistas, o número junta os alunos que estiveram continuamente sem aulas a uma disciplina em todo o 1º período com os alunos que tinham aulas, mas ficaram momentaneamente sem professor devido a motivos como baixas médias. A crítica foi ecoada pelo BE, que disse que os números são martelados.
Luís Montenegro desvalorizou as críticas. “Nós não vamos desviar-nos daquilo que é mais importante para andar com falsas querelas. Aquilo que é importante em Portugal é que todos se concentrem no mesmo”, apontou o primeiro-ministro, sublinhando que “isto não é uma discussão de números”.
“Nós utilizamos os números apenas para poder aferir se as decisões estão a ter bom resultado ou mau resultado. Nós estamos aqui para resolver os problemas das pessoas”, reforçou o social-democrata.