O Papa Francisco recorreu este domingo à linguagem do futebol comparando a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a um Campeonato do Mundo.
Francisco sublinhou a jovens argentinos da arquidiocese de Córdoba, em visita a Roma antes de participarem na JMJ Lisboa que esta “copa do mundo” é um “jogo amistoso em que não há vencedores nem vencidos, porque ganhamos todos”.
"Quando saímos de nós mesmos e nos encontramos com os outros, quando compartilhamos, quando damos o que temos e estamos abertos para receber o que os outros nos oferecem, quando não rejeitamos ninguém, todos somos vitoriosos e juntos podemos erguer ‘a taça da fraternidade’ “.
Francisco encorajou os jovens argentinos a viverem intensamente este “mundial”, certo de que “esta JMJ que vos enriquecerá com uma grande diversidade de rostos, culturas, experiências, diferentes expressões e manifestações de nossa fé. Mas, acima de tudo, porque poderão experimentar profundamente o anseio de Jesus: que sejamos ‘uma só coisa’ para que o mundo creia, e isso vos ajudará a dar testemunho da alegria do Evangelho a tantos outros jovens que não encontram o sentido da vida ou que perderam o caminho a seguir”, afirmou.
Por fim, Francisco desejou que todos joguem “um bom jogo”, confiou-os à proteção de Nossa Senhora e marcou encontro com eles, até Lisboa.
"Perdemos a memória?”
No final do Angelus deste domingo, o Papa assinalou os bombardeamentos que a cidade de Roma sofreu durante a segunda guerra mundial e lamentou que, ainda hoje se repita o flagelo da guerra.
“Quero lembrar que há 80 anos - a 19 de julho de 1943 - alguns bairros de Roma, especialmente San Lorenzo, foram bombardeados e o Papa, o venerável Pio XII, quis ir ao encontro daquele povo em aflição”, recordou Francisco esta manhã.
“Infelizmente, hoje em dia, essas tragédias repetem-se. Como isso é possível? Perdemos a memória? Que o Senhor tenha piedade de nós e liberte a família humana do flagelo da guerra. Em particular, rezemos pelo querido povo ucraniano que está a sofrer tanto”, pediu o Santo Padre.