“Vozes diferentes uniram-se, formando uma só voz. Juntos, como Povo santo de Deus, rezamos por este povo ferido”, disse o Papa durante a histórica celebração ecuménica pela paz no Sudão do Sul, que juntou 50 mil pessoas na cidade de Juba.
“O tribalismo e o facciosismo que alimentam as violências no país não podem afetar as relações interconfessionais; pelo contrário, que se derrame sobre o povo o testemunho de unidade dos crentes”, desejou Francisco neste encontro único de oração.
Lado a lado, os três líderes quiseram dar o exemplo de unidade, não só no diálogo com os responsáveis políticos deste país, mas a nível espiritual.
“Somos chamados a rezar, para podermos trabalhar bem e termos a força de caminhar nas nossas várias Confissões”, acrescentou. “Sintamo-nos unidos entre nós, como uma só família e sintamo-nos encarregados de rezar por todos”.
Francisco esclareceu que “quem se diz cristão deve escolher de que parte está. Quem segue Cristo escolhe a paz, sempre; quem desencadeia guerra e violência atraiçoa o Senhor e renega o seu Evangelho”, avisou o Papa. “O amor do cristão não é só para os vizinhos, mas para todos e cada um”.
Nesta celebração ecuménica, Justin Welby, o arcebispo anglicano de Cantuária, rezou “para que esta visita seja de grande esperança e cura” e fez votos para que “o tempo que passaram juntos como uma família da Igreja que segue o único Deus, nos aproxime sempre mais uns aos outros e a Ele”.
Por sua vez, Iain Greenshields, o Moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, falou da urgência da paz.
“Hoje precisamos desta paz. Precisamos de Igrejas e de líderes generosos, abertos ao amor e propensos à graça de Deus. Precisamos de líderes que se preocupem com os valores que caracterizam os nossos países e com as condições em que vivem as pessoas; e que ponham em prática a própria fé, atuando a favor dos mais frágeis e marginalizados.”
Porque “estas coisas criam a paz”, concluiu Greenshields.