O Bloco de Esquerda (BE) vem a terreiro defender o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e a nova lei que limita o financiamento estatal aos colégios privados, com contrato de associação, em zonas onde exista escola pública.
Nas jornadas parlamentares do BE, em Évora, a vice-presidente da bancada parlamentar bloquista, Mariana Mortágua, acusou o PSD de defender aquilo que não defendeu enquanto partido de Governo.
Maria Mortágua defende que cortar nos apoios às escolas com contrato de associação onde elas não são necessárias é “cortar nas gorduras do Estado” e uma medida de poupança orçamental.
“Mas vejam bem como a direita se atirou ao ar, evocando todos os argumentos. De repente, era para proteger os trabalhadores das escolas, o ensino e a qualidade do ensino, o princípio constitucional da confiança. Vejam bem o desplante desta direita que levou vários orçamentos inconstitucionais à Assembleia da República, que dizimou dezenas de milhares de empregos na escola pública, que sempre se esteve marimbando para a precariedade que existia nas escolas privadas que agora dizem defender, de repente estarem tão preocupados com a qualidade do ensino nas escolas privadas”, argumenta a deputada bloquista.
Mariana Mortágua condena ainda as declarações proferidas no domingo pelo ex-líder do PSD Marques Mendes sobre os contratos de associação e sobre as críticas que fez à escola pública.
“O que o Dr. Marques Mendes, tal como o PSD, está a defender não é a escola, é a renda. O que Marques Mendes defende é a renda do colégio privado, não é a qualidade do ensino em Portugal”, acusa.