O psiquiatra e professor da Universidade do Minho, Pedro Morgado, criou uma aplicação que pretende ajudar os clínicos que tratam doentes com depressão. A “app” ADS é permite “mediar a informação cientifica com os dados do paciente” e desenhar “uma estratégia terapêutica personalizada”, explica o clínico.
“A ‘app’ está montada de forma que o médico possa introduzir os dados do doente e o tipo de sintomas que tem. Depois aparecem as alternativas terapêuticas que são mais personalizadas para aquele doente”, descreve.
Pedro Morgado acredita que a aplicação vai conseguir “uma melhor organização da informação e uma melhor personalização daquilo que é a estratégia terapêutica”.
A ideia da ferramenta surgiu, adianta o clínico, “a pensar, sobretudo, a médicos não psiquiatras”. “Como a depressão é muito prevalente, é uma doença que acaba por ser tratada em outros contextos fora do âmbito da psiquiatria”, lembra Pedro Morgado.
Apesar da ajuda tecnológica, a decisão final é sempre do médico, ressalva o docente da Universidade do Minho que se prepara para adaptar a ferramenta a outras doenças psiquiátricas como a “esquizofrenia” que é também “uma doença relativamente prevalente e com muitas alternativas farmacológicas”.
Na base da aplicação está um algoritmo desenhado por uma spin-off da Escola de Medicina da Universidade que permite o funcionamento da ADS que é já utilizada por 800 médicos de todo o país.