O Papa Francisco disse esta manhã, na audiência geral na Sala Paulo VI, que a velhice é a fase da vida mais adequada para difundir a boa notícia de que a vida é uma iniciação para uma realização definitiva.
“Aqui, na terra, começa o processo do nosso ‘noviciado’: somos aprendizes da vida, - no meio de mil dificuldades - aprendendo a apreciar o dom de Deus, honrando a responsabilidade de o partilhar e de o fazer frutificar para todos. O tempo da vida na terra é a graça desta passagem”, explicou.
Depois, o Papa advertiu que “a presunção de parar o tempo - querer a juventude eterna, a riqueza ilimitada, o poder absoluto - não só é impossível, mas também delirante”.
“A nossa existência na terra é o tempo da iniciação à vida, que só encontra realização em Deus. Somos imperfeitos desde o início e continuamos imperfeitos até ao fim”.
Uma velhice “vivida com doçura e respeito pela vida real dissolve definitivamente a incompreensão de um poder que deve ser suficiente para si e para o seu próprio sucesso”. Dissolve até – diz o Papa - “a incompreensão de uma Igreja que se adapta à condição do mundo, pensando assim que governa definitivamente a sua perfeição e realização”.
Francisco alertou ainda que “uma velhice que é consumida no desânimo das oportunidades perdidas causa desânimo a si próprio e a todos”.
“Seria interessante ver se existe alguma referência específica nas Igrejas locais, destinada a revitalizar este ministério especial da espera no Senhor, encorajando os carismas individuais e as qualidades comunitárias da pessoa idosa”, disse.
Na saudação aos peregrinos de língua espanhola, durante a audiência geral desta quarta-feira na Sala Paulo VI, o Papa Francisco expressou a sua proximidade às vítimas das explosões, em Cuba.
"Quero expressar a minha proximidade de maneira especial às vítimas da tragédia causada pelas explosões e incêndios na base petrolífera de Matanzas, em Cuba”, disse.
“Pedimos à Nossa Mãe Rainha do Céu que cuide das vítimas dessa tragédia e de suas famílias e interceda por todos nós diante do Senhor, para que possamos saber como testemunhar a fé e a esperança na vida do mundo futuro”, concluiu.