As obras devem avançar em agosto e têm um custo estimado de 1,2 milhões de euros. Chaves vai construir um complexo hidrodinâmico exterior que permitirá usufruir da água termal quente ao ar livre durante todo o ano.
Chama-se Complexo Termal ‘Aquae Salutem’ e, de acordo com o presidente da autarquia, Nuno Vaz, “é um projeto singular e excecional que permitirá aos termalistas, num futuro próximo, experienciar algo único em Portugal, que é a realização de tratamentos termais ao ar livre”.
O projeto visa complementar a oferta termal para “prestar cuidados de forma mais eficaz, mas, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas possam explorar novos sentidos, novas sensações”, realça o autarca que destaca ainda a “oportunidade de, num dia de inverno, usufruir da água naturalmente quente num espaço aberto”.
“Há muito tempo que nós, flavienses, tínhamos a grande ambição de experienciar, num contexto natural, aquilo que é uma excecionalidade da nossa natureza – a nossa Água Termal”, conta Nuno Vaz.
O ‘Aquae Salutem’ vai ser desenvolvido nos jardins exteriores das Termas de Chaves e vai utilizar a água termal que brota do solo a uma temperatura entre os 66 e os 77 graus centígrados e cuja utilização remonta à época da ocupação romana na Península Ibérica.
A obra que tem um investimento de 1,2 milhões de euros, com apoio de fundos europeus de cerca de 900 mil euros, deverá estar concluída em 2022 e vai envolver a requalificação de parte dos edifícios afetos às Termas de Chaves, onde serão criadas, entre outras valências, uma receção, loja, casa de chá, balneários ou um espaço de hidromassagem e relaxamento.
Já o complexo hidrodinâmico será composto por várias piscinas em dois patamares diferentes e terá um labirinto sensorial de duches de contraste e vários tanques para um circuito hidrodinâmico.
“Este complexo, além de reforçar, diversificar e estabilizar as opções ao dispor dos termalistas, é ainda uma afirmação identitária, turística e termal de Chaves”, considera o autarca.
Para a administradora das Termas de Chaves, Fátima Pinto, o novo equipamento surge como uma resposta ao desejo de muitos termalistas e vai resolver o problema da sazonalidade.
“Este serviço, pela diferença que é poder utilizar águas termais quentes no exterior, quando a temperatura é bastante baixa, permite diferenciar a procura para os meses de inverno, procurando, assim, combater a sazonalidade e dar mais estabilidade também às termas”, explica.
Com o novo investimento, Chaves quer manter o “ADN terapêutico” das termas e, ao mesmo tempo, apostar na vertente turística e na atração de um público mais jovem.