O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta para um crescimento de 5,1% da economia portuguesa em 2022, abaixo das previsões do Governo.
Um dia depois do executivo entregar a proposta do Orçamento do Estado, com um crescimento de 5,5% para o próximo ano, o FMI avança uma previsão com menos quatro décimas percentuais.
O FMI está mais otimista - em abril não ia além dos 3,9% -, mas continua aquém do ministro das Finanças, João Leão. O Fundo Monetário está em linha com a Comissão Europeia e o Conselho das Finanças Públicas.
A confirmar-se este crescimento de 5,1% no próximo ano, Portugal fica acima da média da zona euro (4,3%) e será o quinto país do euro com o maior crescimento, apenas ultrapassado por Espanha (6,4%), Malta (6%), Letónia (5,2%) e República Checa (5,2%).
No médio prazo, a expectativa do FMI é que o crescimento da economia portuguesa desacelere até aos 1,8%.
O FMI é também menos otimista que o executivo em relação ao desemprego, mas aponta para uma melhoria, com a taxa a cair duas décimas em 2022, para 6,7% (6,5% no OE22).
Os funcionários públicos deverão perder poder de compra. O executivo já anunciou aumentos de 0,9%, em linha com a inflação. No entanto, o FMI aponta para 1,2% este ano e 1,3 no próximo.