Autarca de Barcelos não renuncia, nem em caso de prisão domiciliária
03-06-2019 - 15:22
 • Renascença

Autarca de Santo Tirso renunciou ao cargo este domingo, mas Miguel Costa Gomes não pretende seguir-lhe os passos. A leitura das medidas de coação para os envolvidos na "Operação Teia" foi adiada para as 17h, devido a requerimentos apresentados pelo advogado de dois dos suspeitos.

O presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, garante que não renuncia ao cargo, apesar de ter sido detido e ser um dos suspeitos da "Operação Teia".

O anúncio foi feito na noite de domingo, num comunicado emitido pelo seu advogado. Costa Gomes, que nega envolvimento em qualquer crime, diz que mesmo que lhe seja decretada prisão domiciliária, não sairá da presidência da Câmara.

Posição diametralmente oposta foi tomada pelo presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, que renunciou tanto à autarquia como às posições que ocupava no Partido Socialista.

“É uma decisão que ele toma no sentido de não prejudicar o conselho de Santo Tirso, a sua população e no interesse do bem comum do conselho”, disse na noite de domingo Nuno Brandão, advogado do agora ex-autarca.

Já o dirigente do IPO do Porto saiu em liberdade sob caução, após o interrogatório no tribunal de instrução criminal do Porto.

As medidas de coação para os restantes arguidos iam ser conhecidas às 15h desta segunda-feira, mas a decisão foi adiada para as 17h devido a vários requerimentos apresentados por Nuno Brandão, que representa Joaquim Couto e a empresária Manuela Couto.

A Polícia Judiciária investiga vários crimes de corrupção e tráfico de influências no âmbito da "Operação Teia". Tal como a Renascença noticiou no dia da detenção dos quatro arguidos, quarta-feira, a empresa da mulher do presidente da câmara de Santo Tirso foi escolhida por ajuste direto em dezenas de contratos do IPO do Porto e da Câmara Municipal de Barcelos.