A China negou esta segunda-feira alegadas atividades de espionagem no Reino Unido e instou Londres a "parar de espalhar informações falsas", após suspeitas sobre possível interferência chinesa no Parlamento britânico.
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, fez aquelas declarações em conferência de imprensa, depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ter manifestado no domingo "profunda preocupação" ao seu homólogo chinês, Li Qiang, na sequência da detenção de dois homens suspeitos de estares ao serviço de Pequim.
"As chamadas atividades de espionagem da China no Reino Unido são inexistentes. A China opõe-se resolutamente a estas atividades", afirmou Mao.
O Reino Unido deve "parar de difundir informações falsas" e desistir das "suas manobras políticas contra a China".
Sunak levantou a questão com Li no domingo em Nova Deli durante uma reunião bilateral à margem da cimeira do G20 em Nova Deli, disse um porta-voz de Downing Street.
O jornal Sunday Times noticiou, no início do dia, que a polícia britânica deteve, a 13 de março, dois homens que trabalharam durante anos com deputados britânicos de topo e que tinham acesso a informações confidenciais.
Segundo o jornal, um deles é um homem na casa dos 20 ou 30 anos que viveu durante vários anos na China e o outro, um homem na casa dos 30 anos, foi também detido por alegados crimes de espionagem ao abrigo da Lei dos Segredos Oficiais do Reino Unido.
Ambos foram libertados sob fiança para comparecerem em outubro, enquanto os agentes prosseguem a sua investigação, referiu o jornal.