Cerca de 100 mil civis estão a ser utilizados pelo autoproclamado Estado Islâmico como escudos humanos na cidade iraquiana de Mossul, no Iraque.
O alerta foi lançado esta sexta-feira pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), numa altura em que decorrem combates para expulsar os terroristas da cidade.
Atiradores do Estado Islâmico disparam sobre as famílias que tentam fugir de Mossul a pé ou de barco, através do rio Tigre.
“Estes civis estão, basicamente, a ser usados como escudos humanos na cidade velha” controlada pelos jihadistas, afirma Bruno Geddo, representante do ACNUR no Iraque.
De acordo com a mesma fonte, há uma grande falta de alimentos, água e electricidade.
“Estas pessoas vivem numa situação cada vez mais grave de penúria e pânico, porque estão cercados pelos combates”, afirma Bruno Geddo.
A ofensiva das forças iraquianas, apoiadas pelos Estados Unidos, para reconquistar Mossul começou a 17 de Outubro do ano passado.
O Estado Islâmico foi expulso da parte ocidental da cidade em Janeiro, mas continua entrincheirado na zona histórica, um labirinto de casas que dificulta as operações militares do exército iraquiano e é um refúgio perfeito para os jihadistas.