Pelo segundo ano consecutivo a pandemia impediu que a Semana Nacional da Cáritas se realizasse nos moldes habituais. Pela primeira vez, o tradicional peditório público fez-se através dos meios digitais, e os resultados superaram as expectativas iniciais que a instituição tinha.
Em declarações à Renascença Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, diz que o balanço a deixa “satisfeita e comprometida”, porque “há muito para fazer neste ano tão difícil”. E diz que aos 100 mil euros já contabilizados irão juntar-se outras iniciativas, com o envolvimento do meio empresarial.
“Fizemos contactos com várias empresas, que tinham timings já definidos para o primeiro trimestre, mas que assumiram querer colaborar com a Cáritas em Portugal e fazer-se presentes, apoiando de outras maneiras a Cáritas. Portanto, teremos um movimento de apoio à rede Cáritas que se vai prolongar ao longo do ano”, sublinha a responsável pela instituição católica.
Rita Valadas confirma que no peditório o valor angariado “ultrapassa os 100 mil euros”, e vai ser agora distribuído pelas 20 cáritas diocesanas do país. “Há muitas cáritas que sempre contaram com o peditório nacional como uma das suas principais fontes de rendimento, e portanto é para distribuir por toda a rede”.
A prioridade vai continuar a ser a ajuda de proximidade dada a quem mais precisa. “Tem de ser, temos de dar essa ajuda. E para isso temos de conseguir contruir alguma resiliência na rede cáritas, para que sempre que haja uma crise – e elas parecem suceder-se - possamos dar um passo em frente no primeiro momento”, explica.
No último ano a rede Cáritas atribuiu apoios financeiros diretos à população de cerca de 1 milhão e meio de euros, aos quais se somaram as ajudas com bens alimentares e bens essenciais, e outras respostas sociais de emergência.
A Semana Nacional da Cáritas decorreu este ano de 28 de fevereiro a 7 de março, com o lema ’65 anos Cáritas: o Amor que transforma”.