“Já se pode dizer, sem polémica, aquilo que algumas pessoas dizem desde o início: Marcelo é um péssimo Presidente da República”. É desta forma que Henrique Raposo comenta uma das mais recentes polémicas que envolvem Marcelo Rebelo de Sousa.
“Vocês é que começaram”, disse, recentemente, o Presidente da República ao representante diplomático da Palestina em Portugal, a propósito da guerra na Terra Santa. Palavras que motivaram muitas críticas durante o fim de semana.
Na visão do comentador d’As Três da Manhã, Marcelo “não se comporta como Presidente da República”, justificando que “na Constituição tem um dever que é salvaguardar as instituições, mas comporta-se de maneira anti institucional”.
“Aquela conversa com o representante da Autoridade Palestiniana não faz sentido, do princípio ao fim”, diz, porque “um Presidente da República não fala assim, em jeito de café, sobre um assunto tão sério, para mais, gravado”.
“E a própria substância da frase que está errada, porque não foi a Autoridade Palestina que começou aquilo, foi o Hamas, que é o grande inimigo da Autoridade Palestiniana”, nota.
Já quanto ao caso das duas bebés luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal, cujo tratamento no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, pode ter sido influenciado por Marcelo Rebelo de Sousa, o comentador diz que “com qualquer outro político, acharia aquilo demasiado rocambolesco, mas, com Marcelo, é verossímil, porque ele, de facto, liga a toda a gente, desgasta-se mesmo permanentemente”.
“É completamente verosímil, encaixa na perfeição no perfil do Marcelo. Agora, claro que temos que que acreditar no que ele diz. É Presidente da República e espero que se façam inquéritos, que têm que se fazer”.
Recorde-se que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, negou, no sábado, que terá tido influência no tratamento médicos de duas bebés luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
A informação tinha sido avançada na sexta-feira, no Jornal da Noite da TVI, no programa Exclusivo, na qual a mãe das duas crianças admitia que Marcelo tinha feito uma "cunha" para que ambas pudessem ter tratamentos em Portugal e acesso a um medicamento de quatro milhões de euros.