A presidente do Parlamento Europeu recordou, em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira em Bruxelas, as mais recentes tragédias ocorridas no Mediterrâneo.
Roberta Metsola sublinhou que é preciso ser forte com os traficantes e encontrar, em simultâneo, um caminho justo e humano para quem precisa de ser protegido.
“A migração não pode ser instrumentalizada. Devemos aos nossos cidadãos encontrar um acordo antes das eleições. Precisamos encontrar um caminho justo e humano com aqueles que precisam de proteção, que seja justo e firme com aqueles que não são elegíveis e, com as últimas tragédias na memória, ser particularmente fortes com os traficantes que se aproveitam das pessoas mais vulneráveis em nosso planeta”, declarou a presidente do Parlamento Europeu.
A declaração de Metsola surge numa altura em que os líderes europeus se preparam para debater o tema reconhecidamente mais delicado do Conselho Europeu, que arranca esta quinta-feira.
Há um grupo de países que sugere a adoção de “soluções inovadoras” para responder aos pedidos de asilo. Esta é, contudo, uma ideia que não agrada a mais de metade dos Estados-membros, incluindo Portugal.
À chegada, António Costa foi confrontado pela Renascença sobre a proposta em causa, sublinhou que desconhece ainda os detalhes, mas lembrou que “soluções inovadoras, por si só, não são uma garantia de que são boas”.
O primeiro-ministro sublinha que a decisão de as apoiar, ou não, vai depender de serem boas ou más, embora receie que essas “soluções inovadoras” não sejam boas.