Depois de dois meses encurralados por forças russas na cidade portuária de Mariupol, mais de uma centena de civis ucranianos pisou a território controlado por Kiev. A ONU anunciou durante a tarde a retirada "bem-sucedida" de 101 civis do destruído complexo metalúrgico de Azovstal, entre as quais estavam 17 crianças.
Destas, apenas 69 chegaram a Zaporíjia esta terça-feira, enquanto outras 32 pessoas decidiram ficar em Mariupol. Mas a estas juntaram-se outros 58 refugiados da cidade de Manhush, que entraram em autocarros dos corredores humanitários das Nações Unidas e do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
“Hoje, acompanhámos 127 pessoas a Zaporijia, cerca de 230 quilómetros a noroeste de Mariupol, onde estão a receber assistência humanitária inicial, incluindo cuidados médicos e psicológicos, das agências especializadas da ONU, do CICV e dos nossos parceiros humanitários”, indicou Osnat Lubrani, a coordenadora humanitária das Nações Unidas para a Ucrânia e líder da operação iniciada a 29 de abril que tinha como objetivo a retirada de civis retidos em Azovstal.
Também a Cruz Vermelha confirmou a chegada dos primeiros civis resgatados pela missão que dura há já cinco dias, informando que famílias e civis se juntaram à coluna de autocarros e ambulâncias durante a viagem de mais de 200 quilómetros entre Mariupol e Zaporíjia. "Esta complexa operação permitiu a saída de grupos de civis de Azovstal e da zona de Mariupol, embora esperássemos que fosse possível retirar mais pessoas. São necessários, com urgência, acordos semelhantes entre as partes para aliviar o imenso sofrimento da população civil", indicou em comunicado.
A organização diz ainda "não esquecer" quem continua no complexo industrial siderúrgico e em outros pontos de Maripol, "nem de quem se encontra noutras zonas afetadas pelas hostilidades ou com necessidade premente de ajuda humanitária, esteja onde estiver". "Faremos todos os esforços possíveis para chegar até essas pessoas", acrescenta.
A organização diz ainda "não esquecer" quem continua no complexo industrial siderúrgico e em outros pontos de Maripol, "nem de quem se encontra noutras zonas afetadas pelas hostilidades ou com necessidade premente de ajuda humanitária, esteja onde estiver". "Faremos todos os esforços possíveis para chegar até essas pessoas", acrescenta.