Conferência Episcopal Equatoriana: “A violência não prevalecerá”
10-01-2024 - 10:58
 • Olímpia Mairos

Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou esta terça-feira estado de “conflito armado interno” e ordenou a neutralização dos grupos criminosos envolvidos no tráfico de drogas.

O Conselho Presidencial da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE), apela à unidade, à paz e à fraternidade, na sequência da onda de violência que assola o país.

Na mensagem intitulada “A violência não prevalecerá”, os bispos notam que o país vive “momentos de ansiedade”, assinalando que “o crime organizado está a semear o caos e o desespero nas nossas vidas quotidianas”.

Segundo os bispos, “a violência, venha de onde vier, deve encontrar-nos unidos, olhando para frente e com a força necessária para que o Equador seja o que sempre foi, um lugar de paz, de trabalho, de fraternidade”.

“Não caiamos no pânico estéril que o jogo violento cria ao dar crédito a qualquer imagem alarmista partilhada nas redes sociais, nem na ingenuidade de baixar os braços acreditando que esta luta pertence apenas a quem nos governa”, pedem os bispos.

Para o Conselho Presidencial da Conferência Episcopal Equatoriana “qualquer atividade contrária à lei, em qualquer instância da sociedade e do Estado, deve ser considerada uma traição à Pátria, aos valores mais sagrados da nossa equatoriana e a Deus que será o Juiz de nossas vidas”.

“Somos um país de fé. Desde crianças aprendemos que todos somos irmãos chamando Deus de Pai; Confiamos a Ele, mais uma vez, a integridade de todo bom equatoriano e a estabilidade do Estado como garantia de que a paz retornará o mais rápido possível”, concluem os bispos.

O Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou esta terça-feira estado de “conflito armado interno” e ordenou a neutralização dos grupos criminosos envolvidos no tráfico de drogas.

No decreto presidencial, o Presidente reconhece “a existência de um conflito armado interno” e ordena “a mobilização e intervenção das forças armadas e da Polícia Nacional (...) para garantir a soberania e integridade nacionais contra o crime organizado e organizações terroristas”.

Daniel Noboa ordenou ainda a “neutralização” de todos os grupos criminosos, listados no decreto.