O presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, revelou, esta terça-feira, que os clubes pretendem apresentar o modelo de centralização dos direitos televisivos dos campeonatos profissionais à Autoridade da Concorrência pelo menos um ano antes do prazo, em 2023/24.
"O decreto lei de março do ano passado estipula 2028 como a data a partir da qual esta centralização tem de acontecer e 2025 para a apresentação do modelo de negócio à Autoridade da Concorrência. Os clubes querem fazê-lo antes, portanto, será aspiracional poder fazer na época 2023/24", explicou Proença, no final da cimeira de presidentes, no Porto, em que o principal tema foi a centralização dos direitos audiovisuais.
No segundo ponto da ordem de trabalhos, esteve o modelo de financiamento às sociedades desportivas, "que pode atingir os quase 100 milhões de euros", revelou o presidente da Liga Portugal.
"Muito idêntico ao que aconteceu na Liga espanhola, em que receitas futuras possam ser canalizadas e garantidas pela Liga Portugal perante parceiros financeiros. Poder disponibilizar estas verbas, uma vez que o futebol, em geral, e o futebol profissional, em particular, não recebeu qualquer tipo de verba no apoio ao processo Covid e na 'bazuca' que noutras atividades foi possível contemplar", esclareceu.
A abertura ao diálogo e cooperação dos presidentes dos três clubes grandes nestas cimeiras contrasta com o comportamento que costumam apresentar em frente às câmaras, diversas vezes de conflito. Pedro Proença explicou que estes encontros "têm uma filosofia muito própria":
"Aqui discutem-se questões fundamentais e estruturais. Os clubes são capazes de discutir questões que dizem respeito ao coletivo."