A agência das Nações Unidas (ONU) de apoio aos refugiados palestinianos afirmou que Israel restringiu em definitivo a entrada de ajuda humanitária, nomeadamente comida, no norte da Faixa de Gaza.
"Apesar da tragédia que está a ocorrer perante o olhar de todos, as autoridades israelitas informaram a ONU que não vão aprovar rotas de comida para o norte de Gaza", escreveu o líder desta agência no X (antigo Twitter).
Philippe Lazzarini diz que a decisão é "absurda e revela intencionalidade em obstruir assistência que pode salvar vidas durante uma crise de fome".
O Programa Mundial de Alimentos refere que nove em cada dez pessoas no norte de Gaza sofrem de fome, desde a operação militar de Israel em Gaza, em resposta aos ataques do Hamas a 7 de outubro.
Segundo relatos de médicos em Gaza, vários bebés prematuros terão morrido de fome, incluindo um bebé de dois meses, no final de fevereiro.
Israel e as Nações Unidas têm estado em conflito diplomático. O governo de Netanyahu descreve António Guterres, secretário-geral da ONU, como "anti-israelita".
Os ataques do Hamas a 7 de outubro provocaram a morte de 1.160 pessoas, a maioria civis. A resposta militar israelita já levou à morte de 32.226 pessoas em Gaza, a maioria mulheres e crianças.