O Agrupamento de Escolas de Vimioso terá sancionado com quatro dias de suspensão, com início esta terça-feira, os oito alunos suspeitos de estarem envolvidos na agressão sexual a um menino de 11 anos.
A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias, que adiantou que o caso está a ser investigado pelo Ministério Público, que aguarda o resultado das perícias realizadas à criança no Instituto de Medicina Legal.
A criança terá sido alegadamente sodomizada com uma vassoura no interior do estabelecimento de ensino por um grupo de alunos, entre os quais se encontrava o irmão mais velho, que completou 16 anos nesse dia.
Segundo a GNR, a alegada agressão, aconteceu no dia 19 de janeiro, pelas 12h30 horas, e terá sido presenciada por cerca de 20 alunos e uma funcionária, que não intervieram. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e a GNR só terão tido conhecimento do caso três dias depois e o menino foi encaminhado para o centro de saúde de Vimioso no dia 22 de janeiro.
Para esta terça-feira estavam marcadas reuniões, em separado, entre a CPCJ de Vimioso e a mãe da vítima e os pais dos alunos envolvidos na alegada agressão. Contudo, já que o caso está a ser investigado pelo MP, a comissão acabou por não se reunir com os mesmos, tendo sido realizado apenas um encontro com a mãe do menino que terá sido agredido, por forma a disponibilizar a ajuda necessária.
Segundo a CPCJ de Vimioso, o jovem de 16 anos já terá a um processo tutelar por outras questões e, devido à sua idade, poderá vir a ser responsabilizado criminalmente caso a agressão seja comprovada.
A Renascença já questionou o Agrupamento de Escolas de Vimioso encontrando-se a aguardar uma resposta.
Numa exposição enviada à agência Lusa, a Junta de Freguesia de Vimioso, presidida por José Manuel Alves Ventura, denunciou “um clima de terror e de encobrimento” que, alegadamente, se vive no Agrupamento de Escolas de Vimioso, relatando vários casos de violência entre alunos, entre alunos e funcionários, e dando conta do episódio “hediondo da sodomização”.
[Notícia atualizada às 16h15: Inicialmente, foi avançado que os alunos seriam suspensos três dias, porque a fonte não teria contabilizado esta terça-feira]