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A Alemanha vai impor, a partir de domingo, um teste à Covid-19 a todos os viajantes não imunizados que pretendam entrar no país, para evitar um aumento dos contágios, confirmou o Ministério da Saúde alemão nesta sexta-feira.
Hoje, a Alemanha registou 2.454 novos casos e 30 mortes associadas à Covid-19.
“Todos os veraneantes não vacinados terão de ser testados, quer regressem de avião, carro ou comboio”, afirmou o ministro da Saúde alemão, o conservador Jens Spahn, citado num comunicado de imprensa.
Até agora, essa obrigação só se aplicava às pessoas que chegavam de avião ao país. A medida diz respeito a todos os viajantes com mais de 12 anos.
“Assim, reduzimos o risco de novas infeções”, defendeu o ministro, quando os alemães começam a regressar das férias de Verão.
A medida, que já estava a ser estruturada, deverá ser aprovada e detalhada nesta sexta-feira pelo Governo alemão.
"É correto que os turistas que não estavam anteriormente sujeitos a esta obrigação estejam agora a ser testados", disse o vice-chanceler, Olaf Scholz, à televisão pública ARD.
"Quem está de férias também quer um bom Outono e um bom Inverno", disse o social-democrata, referindo-se aos receios de uma quarta onda da pandemia, mesmo que o nível de infeção seja menor na Alemanha do que em muitos países europeus.
Pessoas com um certificado de vacinação ou recuperação da Covid-19 estão isentas da obrigação do teste. No entanto, mesmo as pessoas imunizadas devem ser testadas quando o seu país de origem é classificado como país altamente afetado por variantes do novo coronavírus – categoria que inclui atualmente inclui o Brasil e a África do Sul.
O controlo das fronteiras terrestres e ferroviárias não será sistemático, disse a polícia federal alemã. Os trabalhadores transfronteiriços não são afetados pela medida.
Os chefes de governo de regiões fronteiriças, incluindo a Baviera e a Renânia-Palatinado, têm pressionado por uma expansão da exigência de testes nos últimos dias.
Neste momento ocorre uma desaceleração da campanha de vacinação, assim o país está preocupado com uma quarta onda da pandemia, ainda que o ressurgimento das infeções causadas pela variante Delta, altamente contagiosa, continue mais moderado do que na maioria dos países vizinhos.