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As Forças Armadas não vão atuar na ordem pública, porque o atual estado de emergência, em vigor até 17 de abril, não prevê essa possibilidade.
A garantia foi dada esta terça-feira pelo ministro da Defesa, numa audição no Parlamento, na qual adiantou que, neste momento, e depois de uma reorganização face à pandemia de Covid-19 em Portugal, o laboratório militar do Exército está a produzir 2.700 litros de gel desinfetante por dia.
O valor corresponde a quase o triplo da produção pré-Covid e, garante Gomes Cravinho, "cobre totalmente as necessidades" do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Até ao momento, disse o ministro da Defesa na comissão parlamentar, há 57 militares infetados com o novo coronavírus, dois dos quais estão curados e outros dois hospitalizados.
Os dados sobre o registo de Covid-19 nas Forças Armadas foram avançados numa audição presencial na comissão parlamentar de Defesa Nacional, a requerimento do PS, para esclarecimentos sobre o papel e meios dos militares para o combate à pandemia de Covid-19 em Portugal.
Questionado pelo BE, mais à frente na audição, o governante precisou que dos 57 infetados, 18 pertencem à Força Aérea, 33 ao Exército e cinco à Marinha, sendo que há um civil infetado, no Estado-Maior-General das Forças Armadas.
De acordo com o governante, as Forças Armadas reduziram a sua atividade ao essencial e não se registam casos de infeção nas Forças Nacionais Destacadas, que “estão bem” e com medidas de proteção face à pandemia.
Depois do regresso dos militares que estavam destacados no Iraque, e do Navio Escola Sagres, que está a caminho de Lisboa, o Governo mandou regressar alguns militares destacados no estrangeiro em programas de cooperação e está a avaliar esses programas “face à realidade”.
João Gomes Cravinho adiantou que foram destacados cinco oficiais para acompanhar os cinco secretários de Estado que vão coordenar a execução aos níveis local e regional das medidas de combate à pandemia da Covid-19.
No que toca ao Exército, e a par da produção de gel desinfetante, a unidade militar de bioquímica está a trabalhar em contínuo para o processamento de testes à Covid-19 e, na área do apoio sanitário, o ministro estima que o centro de apoio militar, no antigo hospital de Belém, esteja disponível a partir do dia 13, com capacidade para 120 a 150 camas.
Transporte terrestre de material de proteção, evacuação de lares de idosos, fornecimento de 64 tendas e 2800 camas foram outros dos apoios das Forças Armadas, disse o ministro da Defesa, enaltecendo a “notável capacidade de adaptação” das estruturas militares na resposta à pandemia de Covid-19.
Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).
Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.
Evolução da Covid-19 em Portugal