O Presidente da República admitiu, esta quarta-feira, que as conversas entre as diversas partes envolvidas na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) estão já a "decorrer" para encontrar uma "solução" na sequência da polémica em torno do custo do altar-palco do Parque Tejo, onde irá ocorrer a missa final com a presença do Papa.
Falando aos jornalistas no Antigo Picadeiro Real, em Lisboa, onde assistiu a mais uma sessão com músicos e jovens, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "neste momento", daquilo que percebeu, "as entidades envolvidas estão a falar e, portanto, estão a tratar de ver qual é a solução adequada para compatibilizar o sucesso dessa jornada com aquilo que é a situação que vivemos no mundo e também em Portugal".
Marcelo que disse ainda, que "estando isso a decorrer esta semana e nas próximas semana", é esperado que "haja um bom senso e uma capacidade de conjugar esses dois valores que, no fundo, corresponde ao sentir dos portugueses em geral".
Ao que a Renascença apurou, a Câmara de Lisboa terá convocado esta segunda-feira as diversas partes envolvidas na construção do altar palco do Parque Tejo para uma reunião a incluir elementos da Igreja, da autarquia, da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) e da Mota-Engil, a empresa a quem está atribuída a construção do projeto.
Fonte ligada ao processo refere que para estas conversas "alguém tem de aparecer com uma proposta para ser feita em tempo" pela construtora e é preciso perceber "onde é que se pode reduzir custos". Deverá caber à CML apresentar um modelo alternativo do altar-palco do Parque Tejo, sendo que foi a SRU a contratar a construção do projeto que a JMJ decidiu.
Estes contactos estão a ser mantidos na maior reserva, um dia depois de o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia ter excluído o coordenador do Governo destes contactos e das reuniões que vierem a decorrer.
José Sá Fernandes não foi convidado para a reunião desta semana, mas o próprio gabinete de coordenação avançou à Renascença que não estava à espera de marcar presença na reunião nem a ausência causa desconforto, porque não faz parte das suas competências.