A Frente Comum, com sindicatos da CGTP, mantém o pré-aviso de greve na administração pública para dia 12 de novembro.
Apesar de a organização da UGT – a FESAP – ter retirado a sua convocatória, Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, considera que os trabalhadores mantêm os motivos de protesto e a greve mantêm-se.
Em conferência de imprensa que decorreu à porta do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), o sindicalista reafirmou que o objetivo é conseguir resposta do Governo à Proposta Reivindicativa Comum.
Apesar de o Governo ter os dias contados, Sebastião Santana argumenta que algumas reivindicações não dependem de orçamento, sendo que, lembra, há um em vigor por mais dois meses e, até agora, o Governo não cumpriu algumas medidas com que se comprometeu – por exemplo, a integração de trabalhadores precários e a contagem do tempo de serviço.
Sublinha ainda que o próprio ministro das Finanças admitiu estar a ponderar se daria ou não o aumento de 0,9% que pôs em cima da mesa de negociações e que todas as organizações sindicais rejeitaram por considerarem manifestamente insuficiente.
Aos jornalistas, o coordenador da Frente Comum avançou que a estrutura foi convocada para duas reuniões com o Governo, ao abrigo da lei da negociação, para os dias 10 e 15 deste mês. Mas, não foi enviada qualquer ordem de trabalhos, acrescentou.
A greve de sexta-feira, dia 12, apesar de ser convocada apenas pelos sindicatos da Frente Comum, deverá ter impacto em diversas áreas da administração pública central, regional e local. Por exemplo, em serviços de Finanças e da Segurança Social, de saúde, escolas, transportes municipais, assim como limpeza urbana e recolha de lixo.