O PCP não vai celebrar qualquer acordo com o PS para uma nova “gerigonça”, mas está disponível para aprovar medidas positivas para os portugueses, reforçou esta terça-feira o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, após ser recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Jerónimo de Sousa refere que o chefe de Estado vai encarregar o líder socialista, António Costa, de formar Governo e não exigiu qualquer acordo escrito, como fez Cavaco Silva em 2015.
“Vamos manter esta ideia base fundamental que é: uma grande disponibilidade para concretizar avanços e uma grande firmeza e demonstração para tentar que as coisas não andem para trás no plano dos direitos e recuperação dos rendimentos”, afirma o líder comunista.
Jerónimo de Sousa deixa um aviso: “o Governo do PS pode provocar instabilidade se não revolver problemas que estão adiados que se prologam e se forem um caráter negativo”.
O PCP não vai integrar uma nova “geringonça” nem abdicar da sua independência e de “combater aquilo que for mau para os trabalhadores e o povo”.
Questionado pelos jornalistas, Jerónimo de Sousa reafirma disponibilidade para avaliar a posição do PCP “Orçamento a Orçamento e caso a caso” e utiliza uma expressão popular: “é ao pé do pano que se talha a obra”.