O Papa diz que o “silêncio” e a “oração” são a melhor resposta a quem procura divisões e “escândalo” na Igreja Católica.
“Que o Senhor nos dê a graça de discernir quando temos de falar e quando nos devemos calar”, pediu, na homilia da missa a que presidiu, esta segunda-feira, na Capela da Casa de Santa Marta.
Francisco tem recusado comentar as acusações de quem pede a sua renúncia, na sequência de uma carta divulgada pelo núncio apostólico Carlo Maria Viganò, segundo o qual teria protegido o arcebispo emérito de Washington, o ex-cardeal McCarrick.
“A verdade é mansa, a verdade é silenciosa, a verdade não faz barulho. Não é fácil, o que fez Jesus [silêncio], mas é a dignidade do cristão que está ancorada na força de Deus. Com as pessoas que não têm boa vontade, com as pessoas que procuram apenas o escândalo, que procuram apenas divisões, que só procuram a destruição, também nas famílias: silêncio. E oração”, afirmou.
O Papa convidou os participantes na celebração a refletirem sobre o “modo de agir na vida diária”, quando há mal-entendidos. Francisco deu o exemplo de Jesus Cristo e do seu silêncio que “vence, mas através da cruz”.
"Quantas vezes, nas famílias, começam discussões sobre a política, o desporto, o dinheiro, uma e outra vez; estas famílias acabam destruídas, em discussões nas quais se vê que está lá o diabo e que quer destruir… Silêncio”, disse.