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Foi confirmada sentença a seis anos de prisão para o Cardeal George Pell. O Supremo Tribunal de Victoria, na Austrália, manteve a condenação por abusos de menores decretada em fevereiro.
A decisão também já foi avançada pelo site vaticannews, onde se pode ler uma reação da Santa Sé que reitera sua proximidade às vítimas e o empenho em actuar contra os membros do clero responsáveis por abusos.
O mesmo texto sublinha o respeito pelas autoridades judiciárias australianas e recorda que “o Cardeal sempre reiterou a sua inocência e que é seu direito recorrer”.
Os advogados do arcebispo emérito de Melbourne e Sydney, de 77 anos, criticaram o veredicto do tribunal de primeira instância e uma das bases do recurso foi a alegação de que a decisão foi irracional, por se basear unicamente no testemunho de uma das vítimas.
Pell, nomeado pelo Papa Francisco para supervisionar as finanças do Vaticano, foi condenado em dezembro de 2018 por cinco acusações de abuso sexual. Em março, foi condenado a seis anos de prisão.
Os abusos contra dois rapazes de 13 anos aconteceram depois de uma missa de domingo, no final de 1996 e no início de 1997, na catedral de S. Patrício, em Melbourne, onde Pell era arcebispo.
Uma das vítimas de Pell morreu de overdose de heroína em 2014, aos 31 anos, aparentemente sem fazer qualquer acusação de abuso. A lei estadual impede que as vítimas de agressão sexual sejam identificadas publicamente.
O antigo conselheiro económico do Papa é a principal figura da Igreja Católica a ser condenada por abuso sexual de menores, em dois casos que remontam à década de 90.