Um total de 3.451 operacionais estão envolvidos no combate aos vários incêndios que esta quinta-feira assolam Portugal, indica a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Desde as 00h00, já deflagraram 96 incêndios florestais e seis continuam em curso, sendo que alguns tinham começado em dias anteriores, disse Patrícia Gaspar, adjunta de operações da ANPC, em conferência de imprensa.
Os quase 3.500 operacionais estão a ser apoiados por 1.050 viaturas e 35 meios aéreos.
O incêndio que está a preocupar mais as autoridades é o de Albarrol, no concelho de Nisa, que já obrigou à evacuação de três aldeias: Salavessa, Monte Claro e Falagueira. Este fogo está a ser combatido por 309 bombeiros, 97 viaturas e cinco meios aéreos.
O incêndio que começou quarta-feira em Penacova, no distrito de Coimbra, tem três frentes, “mas ao final da tarde começou a ceder aos meios”, adianta Patrícia Gaspar.
De acordo com a Protecção Civil, os incêndios dos últimos dias provocaram 55 feridos ligeiros e 54 pessoas assistidas nos vários teatros de operações.
A ANPC adianta que foram “mobilizados todos os grupos de reforço possíveis e disponíveis no país”, mas nega que Portugal viva uma situação de desespero.
“Temos uma mobilização superior a 30 grupos de reforço, o que é um esforço absolutamente extraordinário, sobretudo, por parte dos corpos de bombeiros. O facto de solicitarmos ajuda internacional não significa que estamos numa situação de extremo desespero. Significa que estamos a accionar os mecanismos de colaboração e de solidariedade internacional e que estão disponíveis e são utilizados por diversos países da Europa”, sublinha Patrícia Gaspar.