Antonio Rudiger não se conforma com a decisão das autoridades inglesas, que não deram como provada a queixa apresentada pelo central alemão contra adeptos do Tottenham, por, alegadamente, o terem insultado no jogo entre as duas equipas, a 22 de dezembro, e diz que "o racismo venceu".
O racismo venceu. Quem me insultou poderá voltar ao estádio e isso mostra que essa gente ganhou. É um desastre. Eu fui pai na última quinta-feira e concluo que a sociedade ainda não evoluir o suficiente para combater o racismo, por isso, é provável que os meus filhos também venham a sofrer", diz Rudiger, em entrevista à "Sky Sports" da Alemanha.
Tudo aconteceu na segunda parte do jogo com o Tottenham, numa paragem em que o defesa ouviu sons a imitar um macaco, vindos da bancada. O jogo foi interrompido e na instalação sonora do estádio foi feito o aviso aos adeptos.
As autoridades investigaram, mas não conseguiram "corroborar ou desmentir" as alegações. Ambos os clubes solidarizaram-se com Rudiger e sublinharam a necessidade de tolerância zero com este tupo de casos. "Levantarei sempre a minha voz. Mas neste caso estou sozinho", disse Rudiger.
O central, de 26 anos, nasceu em Berlim, filho de pai alemão e mãe serra-leonina. Internacional germãnico, começou a carreira no Estugarda. Está fora do seu país desde 2015, altura em que se transferiu para a Roma. Desde 2017 que joga no Chelsea.