O rapper Kanye West disse esta sexta-feira que tenciona candidatar-se à presidência dos Estados Unidos da América em 2024, apesar de enfrentar vários escândalos pelo seu comportamento recente.
A estrela, que mudou legalmente o seu nome para Ye, publicou um vídeo com o logótipo da sua campanha nos meios de comunicação social, juntamente com a legenda “Ye 24”.
Kanye afirmou também num vídeo publicado na rede social twitter ter convidado Donald Trump para ser o seu candidato a vice-presidente.
West concorreu anteriormente à presidência em 2020, mas essa campanha fracassou, atraindo uns escassos 70 000 votos.
No vídeo publicado depois de West ter sido visto no clube de golfe Mar-A-Lago de Trump no início desta semana, acompanhado por Nick Fuentes, um destacado nacionalista branco, West disse que o seu convite deixou o ex-presidente Trump, que recentemente lançou a sua própria campanha de reeleição, "muito perturbado".
O lançamento da campanha do West surge quando o rapper enfrenta uma série de controvérsias prejudiciais.
Ye provocou uma tempestade de críticas depois de assistir à Semana da Moda de Paris numa T-shirt com o slogan "White Lives Matter" - uma frase adotada pelos supremacistas brancos, que a começaram a utilizar em 2015 como resposta ao movimento "Black Lives Matter".
Enquanto continuava a fazer comentários antissemitas online e em entrevistas televisivas, o músico de 45 anos foi abandonado pela sua agência, enquanto as empresas de moda, incluindo a Gap, Adidas e Balenciaga, diziam que não iriam mais trabalhar com ele.
O rapper comentou mais tarde que tinha perdido "2 mil milhões de dólares num dia".
No início desta semana, a revista Rolling Stone noticiou que o West tinha usado "pornografia, intimidação e jogos mentais" para criar um "ambiente tóxico" entre os empregados da Adidas que trabalhavam nos seus sapatos da marca Yeezy. A empresa afirmou ainda esta quinta-feira ter lançado uma investigação independente sobre as alegações.
Quando o ex-marido de Kim Kardashian concorreu à presidência norte-americana em 2020, anunciou a sua campanha demasiado tarde para aparecer nas urnas em pelo menos seis estados. Realizou apenas um comício, no qual se desfez em lágrimas enquanto discutia o aborto, e financiou dois anúncios televisivos. No final, só foi listado como candidato em 12 estados.