O bispo do Porto aproveitou este tempo de preparação para o Natal para falar às pessoas em meio prisional, afirmando-se próximo de todos aqueles que sentem “agudamente a dor da prisão”, sobretudo, neste ano em que vivemos “confrontados com o medo e o sofrimento que nos causa a pandemia e a consequente necessidade de menos contactos e mais distância física”.
No texto publicado no site da diocese, o bispo sublinha a importância do Natal como “uma data muito esperada e festejada”, e recorda que o Natal de Jesus foi “muito estranho”.
Ainda assim, D. Manuel Linda sustenta que “por mais absurdo que possa parecer”, o facto de “um Menino que nasce num estábulo de animais, numa pobreza confrangedora e longe da casa habitual dos seus pais”; isso não invalida o facto de esse Menino ter sido o “portador do sentido de uma nova vida”.
O prelado termina a sua mensagem com uma citação do Papa Francisco, na sua Encíclica “Todos irmãos”, para afirmar que é sempre possível recomeçar.
“É possível que tenhas muitas queixas a fazer a respeito de quem, porventura, te usou para o mal, te provocou, te traiu, te ofendeu, te prejudicou e te abandonou. É possível que tenhas muitas acusações a fazer a uma sociedade libertária que diz que tudo é possível e, depois, te deteve. É possível isso e muito mais. Mas também é possível recomeçar uma vida nova com a ajuda e companhia d’Aquele que consideramos o único Libertador e para quem “a bondade não é fraqueza, mas verdadeira força”, conclui o bispo do Porto.