O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) considera que "não estavam reunidas as mínimas condições" para a realização do Euro 2020 e que o adiamento da prova vem "defender a saúde de todos", devido à pandemia da Covid-19.
"A decisão de adiar o Euro 2020 revela sentido de responsabilidade e consciência do que é prioritário neste momento. Todos queríamos jogar e todos temos noção da importância vital desta competição na sustentabilidade financeira do futebol europeu, mas entendemos que não estavam reunidas as mínimas condições para a prova se realizar. A nossa posição visou, essencialmente, defender a saúde de todos", afirmou Fernando Gomes, em declarações reproduzidas no site oficial da FPF.
O líder do organismo que rege o futebol português sustenta que, com esta decisão inédita, prevaleceu "o espírito solidário e a convicção de que era fundamental criar condições para a conclusão dos campeonatos nacionais".
"Sabemos, por outro lado, que esta decisão também vai defender melhor - a curto, médio e longo prazo - jogadores e clubes europeus. A data que ficou definida para realizar o Euro, entre 11 de junho e 11 de julho de 2021, poderá constituir um espaço vital para tomar decisões em relação às competições nacionais e europeias de clubes que estão interrompidas e que temos a esperança de poder retomar e finalizar", sustentou.
O Comité Executivo da UEFA adiou o Euro 2020 para permitir a conclusão dos campeonatos nacionais dos vários países europeus, cuja esmagadora maioria está suspensa, a fim de conter a propagação do novo coronavírus.
A UEFA decidiu ainda adiar para junho os jogos dos "playoff" de acesso ao Europeu, previstos para fins de março e dos quais sairá um dos adversários de Portugal na fase final - na qual defrontará também a França e a Alemanha -, manifestando-se mais tarde sobre o futuro da Liga dos Campeões e da Liga Europa, também suspensas devido à pandemia.
Todas estas decisões do Comité Executivo da UEFA aconteceram após uma reunião, através de videoconferência, com as suas 55 federações, incluindo a Federação Portuguesa de Futebol - que votou favoravelmente o adiamento do Euro 2020 -, bem como representantes de ligas, clubes e jogadores.