O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegura que as equipas de resgate vão lutar para encontrar sobreviventes do bombardeamento a um edifício residencial em Dnipro, na região centro do país.
De acordo com as autoridades locais, o ataque com mísseis fez 35 mortos, mais de 70 feridos e 30 desaparecidos.
“Neste momento é desconhecido o destino de mais de 30 pessoas que podiam estar no edifício aquando do ataque massivo dos terroristas. Dezenas de pessoas foram resgatadas dos escombros, incluindo seis crianças. Estamos a lutar por todas as pessoas. As operações de salvamento vão continuar enquanto houver a mínima esperança de salvação”, declara Volodymyr Zelensky, na sua mais recente comunicação ao país.
A Rússia não se pronunciou sobre o ataque a esse edifício residencial de nove andares, em Dnipro, tendo-se pronunciado apenas sobre “o cumprimento de objetivos militares”.
Na sua comunicação em vídeo, o Presidente ucraniano classifica esse silêncio da Rússia como um sinal de “cobardia”.
“Quero dirigir-me a todos na Rússia ou da Rússia que não conseguiram expressar-se neste momento para condenar este terror, embora vejam tudo e estejam ao corrente de tudo. O vosso silêncio cobarde e a vossa passividade face ao sucedido acabará com os mesmos terroristas a atacar-vos um dia. O mal é extremamente sensível à cobardia. O mal lembrar-se-á sempre de quem o receia ou de quem tenta negociar com ele e enquanto tentar apanhar-vos não haverá ninguém que vos proteja”, alega.
Rússia controla Soledar, segundo fonte militar ucraniana
Esta segunda-feira, o jornal Kiev Independent cita uma fonte militar ucraniana que, através das redes sociais, reconhece que as forças russas passaram a ter o controlo da cidade estratégica de Soledar, na região de Donetsk.
Segundo a mensagem publicada no Telegram por um oficial ucraniano de uma unidade de drones, “as tropas russas ocuparam a zona industrial de Soledar”, a última zona na periferia oeste mais distante da cidade e que era mantida por tropas ucranianas.
A confirmar-se a informação, a Rússia passa a controlar todo o território administrativo daquela cidade que tem sido palco de intensos combates.