​Covid-19. DGS diz que "alguma tranquilidade" exclui necessidade de "medidas especiais"
07-10-2020 - 16:09
 • Lusa

"Neste momento as indicações que há em Portugal e nos outros países" é adaptar as medidas aos parâmetros locais da epidemia, mais do que medidas que abrangem todo o país de forma uniforme, esclareceu Graça Freitas.

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A Diretora-Geral da Saúde afirmou esta quarta-feira que, neste momento, não há indicação para "medidas especiais", como um confinamento, em nenhuma região do país porque apesar de os números da Covid-19 estarem a subir, não há um "aumento exponencial".

"Neste momento as indicações que há em Portugal e nos outros países" é adaptar as medidas aos parâmetros locais da epidemia, mais do que medidas que abrangem todo o país de forma uniforme, disse Graça Freitas na conferência regular sobre a evolução da pandemia quando interrogada sobre se estão a ser ponderados confinamentos em alguns locais do país para conter a disseminação do vírus SARS-CoV-2.

Contudo, o último relatório da situação epidemiológica da Covid-19 no país indica que "todos os concelhos, neste momento, estão abaixo dos 20 casos por 100 mil habitantes o que nos dá alguma tranquilidade".

"Apesar dos números, não estamos num crescimento exponencial", observou Graça Freitas.

Contudo, lembrou, "a incidência não é o único parâmetro que é avaliado". São avaliados outros parâmetros nomeadamente o Rt (risco de transmissibilidade) e as características sociais e demográficas das áreas onde ocorrem os casos.

No entanto, reiterou, são medidas tomadas "a nível micro, a nível local, podem abranger um bairro, uma freguesia um concelho e, portanto, as autoridades de saúde locais, as autoridades municipais, a Proteção Civil têm aqui uma palavra a dizer nesta avaliação do risco".

Do ponto de vista macro, "não há indicação para medidas especiais", mas a situação está a ser acompanhada disse Graça Freitas.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.040 pessoas dos 81.256 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.