A Federação Nacional de Professores entregou esta tarde um documento com reivindicações dos bolseiros e investigadores, no âmbito do programa de integração de precários da administração pública.
A FENPROF foi recebida esta terça-feira em São Bento pelo assessor económico de António Costa, por falta de agenda deste.
Aos bolseiros foi dada a garantia que a cada posto de trabalho irá mesmo corresponder um vínculo efetivo e, segundo o secretário geral da FENPROF, Mário Nogueira, não será por falta de dinheiro que o programa de regularização de precários não vai para a frente. “Hoje o que aqui foi dito foi que o Governo reafirmava o que o ministro das Finanças já disse, não será por razões de ordem financeira que um só precário que satisfaça uma necessidade permanente fica de fora. Esperamos que este seja o princípio.”
“E havendo esta garantia de que o financiamento para abertura de lugares de quadro não será um problema para que isso aconteça, que as instituições deixem de uma vez por todas deixem de usar esse argumento para não integrar nos quadros aqueles que são hoje precários”, acrescenta Mário Nogueira.
Quanto a prazos, Mário Nogueira quer que a regularização se faça, mas não quer pressas na análise dos casos: “Entendemos que não pode prolongar-se até ao final do ano civil, mas eventualmente até ao final do ano letivo. Privilegiamos o critério e a abrangência da medida a ter de fazer algo rapidamente.”
“Aliás”, diz o sindicalista, “um dos problemas que identificámos logo de início foi precisamente a tentativa e despachar tudo rapidamente, tão rapidamente que nem havia tempo para apreciar as situações que são vistas uma a uma, e estamos a falar de quase seis mil requerimentos.”
“Estamos a reunir quatro dias por semana, das 9h às 19h, a ver requerimento a requerimento, e o despachar requerimentos é até a forma mais simples de pôr de lado situações a resolver”, conclui.
Da parte do Governo esteve presente o assessor económico de António Costa, uma vez que o primeiro-ministro não tinha agenda para poder receber Mário Nogueira.