Mais de cinco quilómetros de fila, a avançar a passo de caracol, foi a assim a manhã para muitos condutores que quiseram atravessar de Espanha para Portugal, na fronteira de Tui esta segunda-feira. O novo encerramento de fronteiras entre os dois Estados Ibéricos, relata a imprensa galega esta manhã, gerou filas e sobretudo, a ira de muitos que estavam ao volante.
Tal como aconteceu em março, a imposição de novas restrições a quem circula entre os dois países, veio afetar aqueles que diariamente atravessam a fronteira para trabalhar, mas também os camionistas que estão a entrar em Portugal para trazer mercadorias.
Escreve o jornal La Voz de Galicia que às nove da manhã desta segunda-feira, quem queria entrar em Portugal tinha no mínimo de esperar uma hora para chegar ao controle de fronteira. O mesmo diário galego refere o descontentamento de muitos trabalhadores transfronteiriços que diziam que assim teriam de passar a sair uma hora mais cedo de casa. Em causa, em alguns casos está o facto de outras zonas de passagem, como a entrada de Cerveira estar fechada e serem obrigados a ter de atravessar por Tui.
Também a edição digital do jornal Faro de Vigo escreve que na cara dos condutores se via “crispação e impaciência” perante a demora. De recordar que o encerramento da fronteira portuguesa se deve ao agravar da situação de pandemia.
Entre Tui e Valença as autoridades têm de fiscalizar quem entra e verificar se os automobilistas têm a documentação necessária para circular. Só é permitida a entrada a quem se desloque por motivos de trabalho, estudantes, residentes ou para visitar familiares de primeiro grau.
O jornal La Voz de Galicia noticia que a passagem no sentido contrário, ou seja, para quem saia de Portugal tinha muito menos trânsito. Muitos dos testemunhos recolhidos indicam que a situação é agora pior, com mais espera, do que na primeira vaga, em que as fronteiras entre os dois países estiveram encerradas.
Dados referidos pelo jornal galego, até ao meio dia tinham sido fiscalizados quase dois mil veículos, sendo que desses, apenas onze não apresentavam razões com enquadramento legal para atravessar a fronteira.