As autoridades espanholas detiveram duas pessoas em Cornellá de Llobregat, Barcelona. São acusados de difundir propaganda e recrutar combatentes para o autodenominado Estado Islâmico.
Os detidos, ambos de origem marroquina, apesar de um ter nacionalidade espanhola, mantinham contactos, através das redes sociais, com pessoas em zonas de conflito, a quem ofereciam apoio e encorajavam a continuar com as suas actividades, segundo um comunicado do Ministério do Interior.
Estas detenções acontecem um dia depois de a polícia espanhola ter detido, em Madrid, outros três suspeitos de terem ligações aos jihadistas. Fontes ligadas à investigação adiantaram que estes "suspeitos estariam dispostos a cometer actos terroristas a qualquer momento".
A Espanha é o país europeu que tem realizado mais acções contra o Estado Islâmico. Com esta operação já são 60 as pessoas detidas este ano no país. Outras 27 foram detidas noutros países, principalmente em Marrocos, sendo que a maioria está acusada de tentar recrutar pessoas para os jihadistas.
Em quatro anos foram detidos 171 pessoas por jihadismo.
O Governo espanhol mantém o alerta antiterrorista no nível alto (quarto escalão em cinco).
Um relatório das Nações Unidas revelou que cerca de 15 mil voluntários de mais de 80 países, um número "sem precendentes", viajaram para a Síria e Iraque para ingressar nas fileiras jihadistas.