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Os chefes de Estado e de Governo europeus chegaram a um acordo para manter o Reino Unido na União Europeia. O entendimento foi alcançado esta sexta-feira à noite, em Bruxelas.
A notícia começou por ser avançada pelo primeiro-ministro checo. Numa mensagem publicada na rede social Twitter, Bohuslav Sobotka escreveu: "Temos um acordo“ e sublinhou que se trata de um "bom compromisso".
Poucos minutos depois, o presidente do Conselho Europeu,
o polaco Donald Tusk, confirmou que o acordo para tentar manter o Reino Unido
na UE obteve o apoio de todos os 28 Estados-membros.
“Combinado. Apoio unânime a um novo acordo para o Reino Unido na UE”, escreveu Donald Tusk na rede social Twitter.
Cameron vai convocar referendo. "Deixar a UE seria salto no escuro"
O primeiro-ministro revelou nas redes sociais que o acordo vai dar ao Reino Unido um estatuto especial na União Europeia. “Negociei um acordo para dar ao Reino Unido um estatuto especial na UE. Vou recomendá-lo ao meu gabinete”, escreveu David Cameron.
O primeiro-ministro britânico apresentou depois os detalhes do acordo, em conferência de imprensa.
Alguns principais pilares do entendimento alcançado em Bruxelas são: Proteger a libra e o direito de manter a moeda, os contribuintes britânicos não pagarão resgates dos países da zona euro, os imigrantes europeus não terão acesso total a apoios sociais durante os primeiros quatro anos, o Reino Unido terá novos poderes para travar a entrada e deportar criminosos.
David Cameron anunciou que vai reunir o Governo no sábado. Na segunda-feira fará uma declaração ao país e iniciar
o processo de realização de um referendo à permanência do Reino Unido na UE, como prometeu durante as eleições do ano passado.
O Reino Unido “será mais forte numa União
Europeia reformada”, em vez de estar sozinho, defendeu.
"Há frustrações e nem sempre levaremos a melhor", mas a UE, tal como a NATO, é
uma “ferramenta vital” para o Reino Unido, sublinhou.
David Cameron alerta que um "Brexit" traria "anos de incerteza para a economia britânica", que deixaria de ter acesso ao mercado único. Também defende que o Reino Unido estará mais seguro dentro do clube europeu.
O primeiro-ministro diz que fará campanha no referendo para a permanência na UE, porque um "Brexit" seria um "salto no escuro" e "tempos de incerteza”.
A data para o referendo será anunciada dentro em breve.